27.3.10

«O ontem , e o amanhã» *

Ultimamente tenho chorado por ti , e pergunto-me se vale mesmo a pena (vale , é por ti) , não entendo o porque disto tudo , juro-te que não , ontem achei que o melhor seria olhar para baixo , não levantar a cabeça nunca e quando tentavas me levantar , eu rebaixava-me ainda mais , permanecer em silêncio enquanto que o resto falava por mim , por aquilo que eu sentia , eu reflectia e reflectia e a reacção que saí-a disso eram apenas lágrimas , que te molhavam enquanto estavas com a tua cara junto á minha , tentando me beijar , tentanto dizer-me para parar , dizendo que me amavas , fizes-te um coração abaixo dos meus olhos , com a tua mão , e que eu o desfiz , pegando nas tuas mãos e as deitando para baixo , abraçando-me com força e eu simplesmente ficar intacta (...) Desculpa se não parei , desculpa se não te beijei , desculpa desfazer esse coração , desculpa ficar intacta , e mal respirar , desculpa se não conseguia dizer "eu também te amo" , eu não conseguia , sentia-me como se fosse muda , a tristeza invadiu o meu corpo e eu não conseguia mesmo falar (...) Desculpa-me por isso (...) Hoje acordei mesmo em baixo , sem vontade de nada fazer , ficar enfiada , vendo pequenos recortes , vendo fotografias que nos fazem sentir pior ou melhor , hoje , sim hoje , sinto-me como ontem , só me apetece chorar (o que estou a fazer agora) e está a saber bem , apesar de não ser pelos melhores motivos , mas afinal , chorar faz sempre bem , alivia , faz-nos sentir mais leves , mais limpos (...) Tenho tanto medo , medo de te perder , medo de nos perdermos (...) Quero que saibas que se choro por ti é porque te amo , e ver-te chorar despedaça-me o coração , prometes-te que nunca mais voltarias a chorar , pelo menos á minha frente e por mim , não compris-te a promesa (...) No entanto , não liguei muito a isso , e assim foi , chorando cada um limpando-se lá dentro , chegou a hora de ir embora , peguei no que tinha a pegar e fui em direcção á saída , e tu , mais uma vez , lá foste tu , atrás de mim , a correr , abraçando-me com toda a tua força , dizendo que me amavas , no entanto (mais uma vez) eu não consegui , nem falar-te , nem mais nada dizer , apenas te beijei despedindo-me , partindo o meu coração , porque aquilo que eu mais queria era ficar contigo (...) Fui , levei tudo á frente , "ouvindo" o teu murro na porta , que me fez soltar , entrei e só parei , quando a noite chegou e eu me deitei , na cama , fingindo que eram os teus braços , esboçei mais lágrimas , e caí na tentação (...) Adormeci e sonhei numa realidade (...) QUE TE AMOOOOOOOOOOOOO JOÃO PAULO ! *


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